Porque de uma forma estranha o que é dito me interessa, me mobiliza a ponto de pensar que não estou ouvindo a to, que devo ser partícipe de algo que já vivi e ainda vivo. E eu ouço  e quero saber o que anda se passando nesses dias nublados. Por forças simples e óbvias os caminhos não foram percorridos, se enchendo de mato.. Fiquei tansa me perguntando o que havia acontecido de errado (ou o que não havia acontecido).
Finalmente a conclusão óbvia: esperar tanto para dizer coisas tão frágeis deveria ter tomado mais tempo e curiosidade. Não entregue assim de mão beijada a quem fala sempre e somente de si por não querer ouvir o outro.
Desesperada, corri pra desfazer aquela simpatia que fiz para que os ouvidos se abrissem  e a boca revelasse e joguei tudo na água salgada no mar. , para não ter mais efeito. Mas os ecos do que dissestes foram mais altos que o motor do ônibus para o litoral, mais estrondosos que os trovões que espantaram os banhistas e que o barulho da chave quando cheguei em casa.
Ecos,
aquelas histórias viraram ecos distantes na minha cabeça. Permanecem ecoando  porque de uma forma estranha o que é dito me interessa. E do mesmo jeito que é muito difícil para uma escrevinhadora escolher as palavras pra começar, insuportavelmente mais difícil é saber a hora de fechar os ouvidos às palavras alheias, ou nesses casos, aos ecos estéreis repetidos para todas as desconhecidas. Eu nunca sei a hora certa de ir embora, fechar o caderno e os ouvidos, e sempre me vou tarde demais.



Comentários