Sonhos de semana passada

Sonho-remember

Estava no ônibus, na BR 116 bem próxima da Universidade. Olhando as  linhas retas dos puta-merdas amarelos e as cabeças voltadas pra frente, virando o rosto e encarando o asfalto com faixas brancas intermitentes que de longe simulam infimilímetros de exatidão, tenho uma epifania que me toma o peito acerca da leitura de Vigiar e Punir, de Foucault. Chego na Universidade, dirijo-me atordoada para a orientação, despejando frases desconexas para a minha orientadora, que me olha assustada.

A cena se passou no Universo onírico tedioso da vigília, cerca de um ano atrás. Ao acordar, percebi que esquecera qual era a epifania do acontecido de antes que repetiu-se em sonho.


Antes do término

Sonho com minha namorada (atual ex, no sonho ainda namorada). Estávamos brigando, ou apenas conversando energicamente. Estava noite. Procurávamos um lugar para ir, me convida para sua casa. Sua casa era de madeira, mais alta que o terreno. A mãe, tinha a mesma idade que ela, o pai era mais novo que a mãe. A mãe possuía cabelo preto liso trancado em um rabo-de-cavalo. Chegava ás nove da manhã do trabalho, que era noturno. O pai não tinha rosto. A casa estava vazia, mas enchia-se com os passos dela, fazendo ranger as tábuas. O barulho e os pequenos tremores dos passos me deixavam nervosa. Estávamos na rua. A rua da casa dela era terrivelmente parecida com a rua em que voltava da antiga escola em que trabalhei, perto de minha casa, penso isso no sonho. Estamos próximas à uma parada de ônibus. Olhando para o chão, reparo uma câmera filmadora (daquelas com fita cacete), com uma luz de flash voltada para nós. A câmera move-se sozinha em minha direção. Estávamos sentadas no meio fio, ela levanta e pega a câmera em suas mãos.

Terminamos no dia seguinte.

O mar

Estava indo para a beira da praia a noite. Sentia uma brisa muito quente, que me fazia tremer de frio. Olhava de longe a água, com vontade de me aproximar. Chegando perto, vejo que as ondas vão em direção oposta, quebrando no oceano e não na faixa de areia. Me assusto e vou andando para trás, tropeço e caio em algo muito rígido. Olho para baixo e asfaltaram metade da faixa de areia. O rolo compressor está a minha direita. O operador, vendo meu susto com as ondas ao contrário diz: - Não te assusta, é por causa das migrações das jubartes que o mar fica desse jeito. Saio correndo da praia, com medo do rolo compressor me atropelar.









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