Postado no antigo blog. Data original de escrita: 20/04/2015



6 Todas as linhas convergem num nevrálgico ponto. Pode ser a luz da brasa do baseado no escuro, o ponto final no título da poesia ou aquele ponto sensível na vagina. Do ponto surgem infinitas linhas tortas que dão risada da minha cara. Na cabeça dos outros, tudo isso é uma grande bobagem. Não ponho na minha cabeça a cabeça os outros: não dá tempo.
Ouvi os xingamentos e nem dei importância. SIM tenho 23 anos (22? 24? nem lembro...) e meu quarto reflete minha mente: desordem e alguns insetos mortos. SIM, vou deixá-lo exatamente como está. Essa obsessão injustificada pela arrumação da casa no infinimilímetro. Use a régua, use duas pra garantir (a de 15 cm no cu e a de 30 na boceta ou vice- versa: seus orifícios, suas réguas). Chama do que queiras...mais alto que daqui eu não te ouço.... O QUÊ? - A régua está na segunda gaveta. Demorei muito pra perceber: enquanto tu me enches a porra do saco com essas bobagens, eu estou muito preocupada pensando nos pontos, nas crases, nos quartos, nas salas, nas pernas, nas rugas. Rugas. Muitas rugas sem régua. Eu uso pincéis pra me pintar já que réguas não tem cerdas. Gostaria de me colorir hoje, cores berrantes, isso mesmo! Aquelas que berram assim: -PSIU!!! MENOS BARULHO NESSE SILÊNCIO!!!


- Usarei alguns tons de verde, azul e carmim. O que tu achas?
- Acho que vai ficar uma bosta.
- Que fique!
- Por que não tentas o salmão?
- Sou vegetariana!
- Hilária tu hein.

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